25º Dia: Dirigindo às cegas…

Cuenca é um lugar que destoa das outras cidades grandes do Equador em alguns quesitos. Parece, até mesmo, um lugar mais seguro (e os próprios moradores afirmam isso).

Existe um parque chamado “Cajas” próximo à Cuenca que não pudemos visitar por falta de tempo, fica para uma próxima vez. Mas quem estiver de passagem por lá, reserve um dia para isso!

Passeamos pelas ruas da cidade pela manhã. É uma típica cidade histórica. Uma foto para terem uma ideia.

Cuenca
Cuenca

Passávamos em frente à uma faculdade de medicina e vimos uma placa onde lia-se: “Museu da Medicina”. Deve ser interessante, pensamos. Entramos. A senhora que nos atendeu foi bem simpática, conversou por um tempo, pediu que escrevêssemos nossos nomes no livro de entrada e já pediu um dinheirinho pra ajudar o museu. Ok, pagamos.

Ai se arrependimento matasse. Uma série de aparelhos velhos, muitos quebrados, colocados em exposição sujos, e a maioria sem qualquer etiqueta com nome ou algo parecido. O mais diferente era uma mesa de parto de 1910 (toda feita de molas) e alguns fetos e “restos mortais” (aliás, chega a causar enjoo de se ver) expostos em uma pequena vitrine.

Saímos e passeamos mais um pouco. Alguns rios cortam a cidade. Parecem limpos, e há várias placas pedindo que a população não os suje.

Rio em Cuenca
Rio em Cuenca

Almoçamos e pé na estrada. A paisagem continua, com pequenas propriedades espalhadas pelo campo por quase todo o percurso.

O problema (novamente) veio quando a noite surgiu. Calculamos mal o tempo que gastaríamos para chegar à fronteira com o Peru e a noite caiu enquanto cruzávamos as montanhas. Novamente neblina fechada. Impossível de ver o que vinha alguns metros à frente. Por sorte, nesse exato momento passava um ônibus. É claro que passamos a segui-lo. E a neblina foi ficando cada vez mais fechada, até sermos obrigados a guiar seguindo somente as luzes traseiras do ônibus. E assim foi por alguns quilômetros.

Até que chegamos em uma pequena cidade e o ônibus parou. Agora teríamos que seguir sozinhos. E assim fomos, a menos de 20km/h, e mesmo assim com muito receio. O problema é que a estrada também era muito ruim, cheia de buracos e sem sinalização de faixas. Até que uma pickup passou por nós e começamos a segui-la. O motorista andava muito rápido. Não sabemos como conseguia ver o que vinha à frente. Mas como parecia experiente no caminho, a melhor coisa que poderíamos fazer era continuar seguindo-o.

Chegamos em uma pequena cidade chamada Catacocha, que parecia ter sofrido algum desastre, de tão suja e de tantas obras pelas ruas. Com muita sorte, encontramos um hotel ótimo e barato nesse lugar tão distante. Resolvemos dormir para continuar pela manhã cedo e evitar a neblina.

Segundo a atendente do hotel, a neblina ocorre nesses meses de inverno (é isso mesmo, no Equador em janeiro estão no inverno).

Caminhos percorridos:

DADOS – 25º DIA
Saída: Cuenca – Ecuador
Chegada: Catacocha – Ecuador
Distância percorrida: 320km
Combustível: $11,00
Hospedagem: $20,00
Refeições: $30,30
Pedágios: $0,50
$ = Dólares